segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Trabalhando com textos sobre o consumismo

O CONSUMISMO



Consumismo é o ato de comprar produtos e/ou serviços sem necessidade e consciência. É compulsivo, descontrolado e que se deixa influenciar pelo marketing das empresas que comercializam tais produtos e serviços. É também uma característica do capitalismo e da sociedade moderna rotulada como “a sociedade de consumo”.

Diferencia-se em grande escala do consumidor, pois este compra produtos e serviços necessários para sua vida enquanto o consumista compra muito além daquilo de que precisa.

O consumismo tem origens emocionais, sociais, financeiras e psicológicas onde juntas levam as pessoas a gastarem o que podem e o que não podem com a necessidade de suprir à indiferença social, a falta de recursos financeiros, a baixa auto-estima, a perturbação emocional e outros.

Além de conseqüências ruins ao consumista que são processos de alienação, exploração no trabalho, a multiplicação de supérfluos (que contribuem para o processo de degradação das relações sociais e entre sociedades) e a oneomania (que é um distúrbio caracterizado pela compulsão de gastar dinheiro que é mais comum nas mulheres tomando uma proporção de quatro por um), o meio ambiente também sofre com este “mal do século”, pois o aumento desenfreado do consumo incentiva o desperdício e a grande quantidade de lixo.
Por Gabriela Cabral
Equipe Brasil Escola.com

Trabalhando com imagens consumistas











ITINERÁRIO E EXPERIMENTAÇÃO DE PRÁTICAS DE LEITURAS: PROPOSTA DE INTERVENÇÃO PEDAGOGICA

Público Alvo: crianças e adolescentes.
Faixa etária: dos 8 aos 18 anos.

Justificativa:
Hoje podemos considerar o mundo em geral como máquinas de consumo, com um "apetite" consumista maior do que tudo, o que acaba desestruturando famílias que se acabam em dívidas em nome de um modismo volúvel.

Objetivo Geral:
Reconhecer que o consumismo desenfreado faz parte da vida da grande maioria da população.

Objetivos Específicos:
* Realizar pesquisa para determinar a origem do consumo sem limite, e quais as formas mais evidentes desta origem.
* Pesquisa sobre o que é consumismo, e qual sua influência em nossa vida cotidiana.
* Despertar no aluno de forma clara o repúdio pelo consumo desenfreado.
* Trabalhar através de imagens todas as formas de consumo desde a necessária até a obrigatória, para alguns, pela tendência do mundo.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Poesia empregando a metáfora, antítese e o humor!!!



Poesia empregando a metáfora, antítese e o humor.




Operários, de Tarsila do Amaral, é um óleo sobre tela com 150x 230, produzido em 1933, é uma das obras do acervo do Palácio Boa Vista

O Operário

O operário sofrido
Com um ar entristecido
Por uma vida sofrida
Explorado e comedido
Anda sempre em grandes grupos
Um grupo misturado
Com mulheres e homens
Que buscam uma liberdade
Que raramente encontram.

O operário sofrido
Luta uma vida inteira
Por dignidade e uma vida melhor,
Embora trabalhe e trabalhe
Raramente o patrão,
Um ser diferente,
Muito autoritário
Não compreende o operário,
Para o patrão sim senhor,
O operário é escravo,
Deve obedecer e trabalhar
Sempre sem reclamar...

O operário sofrido
Quer ser visto
Como um ser humano
Com sonhos e que
Luta por liberdade,
Quer igualdade de direitos
Para se expressar e amar,
Para ser amado por todos...


Biografia de Tarsila do Amaral

"Quero ser uma pintora da minha terra". Foi assim que Tarsila do Amaral definiu, certa vez, sua ambição nas artes. Essa pintora modernista brasileira nasceu numa propriedade rural no interior de São Paulo.

De família tradicional e rica, estudou em São Paulo (no Colégio Sion) e, a partir de 1902, em Barcelona, Espanha (no Colegio del Sagrado Corazón). Ali, aos 16 anos, pintou "Sagrado Coração de Jesus", seu primeiro quadro conhecido.

Quatro anos depois, casou com André Teixeira Pinto, pai de sua única filha, Dulce. Separou-se dele e, em São Paulo, começou a estudar escultura (com Zadig Mantovani) e, depois, desenho e pintura (com Pedro Alexandrino).

Em 1920, embarcou novamente para a Europa, com a filha, que ficou num colégio em Londres. Tarsila se fixou em Paris, onde ingressou na Académie Julian e freqüentou o ateliê de Émile Renard. Em 1922, teve uma de suas telas admitida no Salão dos Artistas Franceses. No mesmo ano, regressou para o Brasil e se juntou aos intelectuais modernistas, embora não tenha participado da Semana de 22.

Juntamente com Anita Malfatti, Oswald de Andrade, Mário de Andrade e Menotti del Picchia, formou o "Grupo dos Cinco". Nessa época, iniciou o romance com Oswald de Andrade.

Um ano depois, voltou para a Europa e a convivência com intelectuais, pintores e poetas de lá. Em 1926, expôs em Paris (com grande sucesso) e se casou com Oswald.

Suas obras, de cores intensas e temas regionais, seguiam o conceito nacionalista do modernismo. Em 1928, pintou como presente de aniversário para Oswald o "Abaporu" ("homem que come", em tupi). O quadro mostra uma figura solitária de pés imensos, sentada sobre uma planície verde, com o braço dobrado repousando no joelho e a mão sustentando o peso de uma minúscula cabeça. Era uma pintura que poderia facilmente representar o Movimento Pau-Brasil.

Tarsila também pintou os temas urbanos, como em "São Paulo" (1924) e "Morro da favela" (1924). Retratou figuras humanas arquetípicas, como nos famosos "A Negra" e "A caipirinha" (ambos de 1923), e registrou o interior brasileiro, como em "Cartão-Postal" e "Sol Poente" (ambos de 1929).

Em 1933, com o quadro "Operários", ela deu início à pintura social no Brasil. No ano seguinte, participou do Primeiro Salão Paulista de Belas-Artes.

Tarsila e Oswald se separaram em 1930. De meados dos anos 1930 a meados dos anos 1950, ela viveu com o escritor Luís Martins. De 1936 a 1952, foi colunista da rede Diários Associados.

Em 1951, participou da Primeira Bienal de São Paulo e, em 1963, teve sala especial na Sétima Bienal de São Paulo. No ano seguinte, já perto da oitava década de vida, ainda participou da Bienal de Veneza.

Fonte de pesquisa:

Principais obras de Tarsila do Amaral

- Auto-retrato (1923)

- Retrato de Oswald de Andrade (1923)

- Estudo (Nú) (1923)

- São Paulo – Gazo (1924)

- Antropofagia (1929)

- A Cuca (1924)

- Pátio com Coração de Jesus (1921)

- Chapéu Azul (1922)

- Auto-retrato (1924)

- O Pescador (1925)

- Manteau Rouge (1923)

- A Negra (1923)

- São Paulo (1924)

- Morro da Favela (1924)

- A Família (1925)

- Vendedor de Frutas (1925)

- Paisagem com Touro (1925)

- Religião Brasileira (1927)

- O Lago (1928)

- Coração de Jesus (1926)

- O Ovo ou Urutu (1928)

- A Lua (1928)

- Abaporu (1928)

- Cartão Postal (1928)

- Operários (1933)


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A CARTOMANTE (Texto reescrito)

A Cartomante – Machado de Assis

Conto reescrito

Em uma sexta-feira do mês de novembro de 2001, Manoel e Antônio conversam animados sore as grandes diferenças entre o céu e a terra, e o que este assunto desperta no homem.

Carlos um homem bonito e elegante, durante a conversa relatou ao amigo que iriam mudar de país. Manoel ficou muito surpreso, porém Carlos afirmou que esta decisão seria definitiva. Imediatamente fez suas malas e mudou-se para o Brasil, onde comprou uma casinha com um laguinho a frente, no interior de São Paulo, a cidade era muito pequena, porém logo Carlos fez muitos amigos.

Contudo seus amigos ficavam intrigados com a mudança que Carlos fez em sua vida, pois mudou de Paris para uma cidadezinha do interior, onde nada acontecia, a única diversão era ao final das tardes quando os amigos reuniam-se ao entardecer a beira do lago para um happy haure, lá riam tomavam uns aperitivos e comiam uns petiscos.

Os amigos cada vez aumentavam mais, pois uns traziam os outros e a festa estava feita, porém certa vez José amigo muito chegado de Carlos trouxe Antônia para a festa, Carlos ficou fissurado com a beleza da moça e logo a paixão aconteceu entre eles.

Antônia estava cada vez mais animada porém com medo, pois todos os seus relacionamentos não haviam sido tão tranquilos, e o abandono pairava no ar. Diante deste pavor Antônia resolveu procurar uma amiga que a aconselhou a procurar uma cartomante, que segundo ela era muito boa e dizia tudo da vida da pessoa.

Antônia hesitou um pouco, mas não resistiu e procurou Paula a cartomante.

Incrível a cartomante fez um relato preciso de toda a sua vida, do início até os dias de hoje, e mencionou a ela o seu pavor do abandono, contudo disse-lhe também que conheceria outro homem, o qual teria um relacionamento tórrido. Antônia ficou perplexa, pois acreditava que Carlos seria para sempre.

A cartomante viu nas cartas o fim trágico que Antônia teria, mas não a revelou por ser muito sério.

Antônia foi para a casa de Carlos e contou a ele o que fez, contudo o namorado deu enormes gargalhadas, pois estas crendices não fazem parte de seu mundo.

Antônia irritou-se muito com o desprezo de Carlos, pois para ela cartomante é coisa séria e o que ela diz é mais sério ainda.

Carlos tratou imediatamente de considerar mais o que a namorada falava da mulher, pois a sua indignação quanto os comentários feitos por ele.

Os dias passaram e os fatos mencionados pela cartomante Paula, foram se transformando em realidade uma a um. Porém Antônia ficava apavorada, pois tinha medo de perder Carlos, o outro homem faria sua relação estremecer ou até balançar.

A traição estava sempre nos pensamento de Antônia que mesmo não querendo poderia atrapalhar sua vida tão tranquila com Carlos. Porém o que lhe apavorava mesmo era o fato do abandono, tendo em vista no passado ter sofrido muito pelo abandono de Marcos seu antigo namorado.

Por isso a premunição feita por Paula a apavorava tanto.

Certa vez porém encontrou André, um advogado brilhante, que logo seduziu Antônia. Coincidentemente ocorre um grave acidente com Carlos e seus pais, que acabaram falecendo em decorrer da gravidade dos ferimentos, Carlos, porém ficou bastante machucado e precisou muito da ajuda de Antonia que por sua vez acabou aproximando André também. Estava formado assim um triângulo amoroso, porém Antônia não deixava transparecer seu envolvimento com André, pois para ela era conveniente o fato.

O tempo foi passando até que Carlos melhorou consideravelmente, que começou a observar que Antônia estava diferente, e logo notou o envolvimento dela com André.

Carlos enlouquecer e resolveu procurar a cartomante Paula, para tirar suas dúvidas, e assim solucionar seus problemas.

A cartomante fez inúmeras revelações a Carlos, inclusive do romance clandestino que sua amada estava vivendo.

O desespero tomou conta de Carlos que imediatamente procurou André, m sua casa um local obscuro, sem iluminação, praticamente sem vida. Tocou a campainha, mas ninguém veio atender, entretanto a porta estava entreaberta, empurrou e chamou, - “tem alguém aí?”, ninguém respondeu, resolveu entrar e quando percebeu estava em uma sala, e no fundo do corredor viu André vindo em sua direção, com um ar pálido e o suor corria em seu rosto.

André abriu a porta para trás e Carlos viu as pernas de sua amada, correu em direção do quarto e viu na bancada uma faca enorme suja de sangue o desespero tomou conta de Carlos, pois a faca estava suja com o sangue de Antônia, a raiva tomou conta de seu corpo e sem hesitar nem um minuto tomou a faca em sua mão e com um golpe certeiro gravou nas costas de André que caiu de joelhos em frente a cama onde Antônia estava. Naquele quarto sombrio ficou o amor clandestino de sua amada, porém sua tristeza era imensa pois ali também estava morta o seu grande amor.